quinta-feira, 5 de abril de 2012

Celebrar a Páscoa é


Alegrar-se com a novidade da Ressurreição de Jesus e, através da nossa abertura e entrega em acolhê-lo como nosso Caminho e nossa Verdade, acolher a vida que nasce e renasce em nós e no outro!

Uma abençoada e Feliz Páscoa!

Equipe do Ação Rua

segunda-feira, 12 de março de 2012

Um novo olhar...




Pelas ruas do centro de Porto Alegre, muitas pessoas passam e se veem, mas não se enxergam, se esbarram, mas não se tocam. Levadas pela pressa ou pela insegurança compõem o quadro social marcado pelo individualismo e hedonismo. Em meio a tantas vozes apelativas do comércio, gritam, silenciosamente, tantas vidas de crianças e adolescentes que tem a rua como moradia ou sobrevivência. Porém, nem sempre são vistos e, não raro, relegados ao esquecimento.
Como Educador Social de Rua posso compreender a cidade, o ser humano e o mundo, através de um novo olhar. Por meio de uma escuta sensível, acolhida, coração aberto e consciência crítica posso participar do universo interior de cada criança e adolescente que é abordado. Cada vínculo estabelecido desperta em mim a coragem e a ousadia de não apenas questionar para obtenção de números estatísticos ou informações cadastrais, mas poder saber a respeito dos diversos tipos de medos e riscos que estes enfrentam na complexa situação de rua, bem como, poder devolver os sonhos que outrora foram adormecidos ou perdidos por suas diversas razões.
É muito bom ser profissional de uma instituição civil séria e comprometida, que articulada com a vasta rede de Assistência Social e vinculada a uma Política Pública Nacional tem por objetivo a defesa dos direitos fundamentais da criança e adolescente em situação de rua, bem como o favorecimento para seu desenvolvimento familiar e social.
Aos meus colegas de trabalho, minha eterna gratidão, pela paciência e disponibilidade em responder minhas constantes dúvidas, seja na realização da abordagem, como no trabalho burocrático. Sinto-me honrado por integrar esta equipe de vanguarda.
Na AICAS posso crescer enquanto profissional e ser humano. Ainda que venham as frustrações, alimentarei sempre a esperança de que todo homem, em qualquer etapa de seu ciclo vital, pode ser feliz e realizado.
Marcus Vinícius.

Meu estágio na Aicas


Salome Kaiser
Estagiária de Serviço Social/PUCRS




Gostaria de relatar um pouco das minhas observações feitas ao longo do estágio aqui no Brasil, são reflexões, percepções e não dados científicos.
Na primeira vez quando escrevi algo sobre meu estágio, estava ainda conhecendo o Programa Ação Rua. Agora em que meu tempo de estágio está quase acabando, posso falar de outro ponto de vista.
Neste tempo de convivência com a equipe, aprendi muitas coisas do trabalho. Todos me explicaram muito bem o funcionamento de tudo, conheci o território, como se faz um primeiro contato com a criança na rua, como fazer o registro das abordagens, como construir um relatório da família.
 Nos últimos tempos pude acompanhar um adolescente, cuja história de vida muito difícil e interessante e, ao mesmo tempo, uma rede de atendimento complexa e desconexa. Este caso me mostrou as dificuldades e limites do trabalho nesta área. Por exemplo, pude ver o que se passa quando evidentemente ninguém está responsável pelo caso ou quando se fecham equipamentos de proteção, impossibilitando quaisquer alternativas.
Também pude conhecer a realidade de uma clinica para desintoxicação e, perceber nela, a falta de atividades educativas e recreativas durante o tempo em que a criança ou o adolescente estiver internado.
Tive a oportunidade de fazer algumas visitas domiciliares em famílias dentro e fora do território. Normalmente, quando a família não é de origem do nosso território, a equipe encaminha para o seu território de origem, para que o Núcleo de Referência de Ação Rua faça o acompanhamento necessário. No entanto, continuamos fazendo as abordagens e os acompanhamentos para a  família quando ela permanece no território centro. Apesar de o Núcleo Aicas ter um território físico bem definido, muitas vezes foi preciso ter um olhar mais amplo, colocando a pessoa em primeiro lugar, pois nem sempre ela era moradora da região Centro. Muitas eram de outros municípios onde não existia  algum serviço de abordagem ou não havia definição desta responsabilidade. Isto confirma o que está escrito no estatuto da AICAS como uma instituição filantrópica que presta um serviço para todos os que necessitam de ajuda e auxílio.
Ultimamente aconteceram algumas mudanças na equipe e algumas pessoas saíram e outras ingressaram. Os novos membros da equipe se integraram muito bem parecendo que faziam parte do grupo há muito tempo.
Fui à rua com a equipe do Programa Ação Rua para abordagens solicitadas e sistemáticas. Falei com as crianças ou com as mães que são acompanhadas pela equipe da AICAS.
Nos últimos tempos observei muitas crianças tomando banho nos lagos dos parques ou praças devido ao período do verão, com muito calor. A maioria deles está em situação de rua sobrevivência, no entanto, esta situação pode mudar e, futuramente podem passar para situação de rua moradia.
Agora o governo tem como objetivo fechar diferentes projetos com base na diminuição do número de crianças em situação de rua moradia. Porém sabemos que as crianças que hoje se encontram em rua sobrevivência poderão mudar para rua moradia. E então, o que vai acontecer? Para onde vão? Quem vai atendê-las?
Além disso, um tema atual diz respeito ao trabalho infantil, pois muitas crianças aqui no Brasil vendem balas e outros objetos nas ruas e nos coletivos para ajudar sua família ou sobreviver. Quando um cidadão compra coisas destas crianças, acaba fortalecendo a permanência da situação de rua e, muitas vezes, não têm consciência desta ação. Acredito que seja importante  esclarecer com toda a sociedade sobre o tema, utilizando-se dos meios de comunicação social. Não bastam campanhas isoladas, é necessário um trabalho a longo prazo, só desta forma é possível mudar a cultura da “esmola”. É preciso atacar a raiz do problema e não tratar superficialmente.
No meu país, Alemanha, é difícil ter uma criança na rua, somente adolescentes. As causas do meu país diferem daqui, pois lá os motivos da saída de casa são mais de negligencia emocional e não tanto a pobreza. Aqui vi que os problemas que levam as crianças para as ruas são muitos, como a violência, a pobreza, a negligência e também o clima quente. No período de inverno no meu país, há a tendência de migração da população de rua para os países mais quentes como a Espanha, por exemplo. Além disso, percebi que aqui no Brasil o problema da drogadição é muito grave, especialmente o Crack, na faixa etária de crianças e adolescentes. Na Alemanha, os adolescentes em situação de rua usam mais maconha, álcool e alguns também fazem uso de drogas mais fortes.
Também tive a possibilidade de participar do Fórum Social Mundial Temático 2012, que aconteceu em Porto Alegre. Infelizmente não  estava muito bem organizado.
Em todo o meu tempo aqui no Brasil e, especialmente no Programa Ação Rua/AICAS, pude conhecer a realidade, fazer experiências novas em relação ao trabalho com crianças e adolescentes em situação de rua e também como é o processo de trabalho e o acompanhamento destas famílias.
Este desenho expressa um pouco da minha experiência no Ação Rua:

Obrigada a toda a Equipe da AICAS pela oportunidade!!!!!!!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

2012

Como equipe, desejamos que todos possam desfrutar das novidades do dia-a-dia e, aprender com cada uma delas, sendo luz e iluminando o caminho daqueles que encontrarem e conviverem, neste ano, bem como, sendo também iluminado por estes!

Um ótimo ano de 2012!!!

Equipe Ação Rua - AICAS

Trabalho Educativo