sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Bárbara Maix



Frases de Bárbara Maix


“Dizei muitas vezes: Meu Jesus, aqui estou. Fazei de mim o que vos aprouver! outra coisa eu não quero a não ser cumprir a vossa Santíssima Vontade!” (03.04.1860)

 “Deus não permitirá que sejamos iludidas em nossa confiança“ (junho-1866) 

“Assim como o corpo tão somente recebe o seu vigor, porte e beleza quando todos os membros prestam o seu auxilio mútuo, assim uma comunidade adquire a sua beleza, vigor e poder, somente quando o amor fraterno impulsiona os membros a doar-se mutuamente.” (14.10.1869)

 “Depois de horas sombrias, vêm horas alegres" (14.09.1871) 

“A SS. Trindade iniciou a obra da fundação e há de completá-la. E porque é de Deus e não minha, não importa nada se ele deixa que tudo seja, aparentemente, aniquilado, porque em sua onipotência,com um só aceno, a reerguerá." (19.02.1872)

Bárbara Maix - Uma Vida Presente


Natural de Viena, Áustria, filha de José Maix e Rosália Mauritz, nasceu no dia 27 de junho de 1818.
Registros históricos nos relatam que José Maix era funcionário público. Encontramos seu pai, no ano de 1782, trabalhando como ajudante de cozinha junto ao príncipe Luis José Lischtein. Em 1786, passa a ser funcionário no Palácio de Schönbrunn,  na função de criado doméstico e depois camareiro do imperador.

Infância
Bárbara era a caçula de 9 filhos do segundo matrimônio. Sua infância e adolescência foram marcadas por muitas privações, o que lhe causou debilidade orgânica, mas sua personalidade foi se formando com muita firmeza. Dos pais herdou a fé cristã, o espírito de luta e resistência, persistente teimosia pelo ideal de vida, a coragem de enfrentar as adversidades. É o amor sem limites ao próximo, sobretudo aos mais necessitados espiritualmente, que a torna forte, destemida, cheia de vigor. Aprende na experiência sofrida do dia-a-dia, a não fraquejar diante das dificuldades, por maiores que sejam.
Desde tenra idade, manifesta espírito missionário e profético diante dos desafios da realidade: em tempo de guerra, de proibição do Estado em fundar Congregações Religiosas, reúne jovens e, com elas, inicia o Projeto das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.
Numa situação social de desemprego, abre um pensionato para abrigar empregadas domésticas, visando à orientação e à assistência espiritual e material, evitando que caíssem na prostituição.

Chegada ao Brasil
Pressionada pelo contexto político-econômico de Viena vê-se na necessidade de sair do país. Planeja então ir para a América do Norte. Ao embarcar com 21 companheiras, quis as circunstâncias que viesse ao Brasil, sem conhecê-lo cultural e geograficamente. Conforme escreve uma de suas companheiras: “Chegamos ao Rio de Janeiro, em novembro (09/11/1848), sem dinheiro, sem conhecimento de ninguém, sem saber a língua, com muita fome, mas cheias de confiança em Deus e em Nossa Senhora.” (Me. Isabel)
Numa época de muitas dificuldades especialmente para as mulheres, ela se fez educadora e proporcionou estudo a muitas meninas, em especial órfãs e pobres.
Atenta à realidade, percebe outras necessidades da época, assumindo Asilos e Pensionatos. Por ocasião das epidemias – cólera e febre amarela – e da Guerra do Paraguai, assume atividades em enfermarias e Hospitais. Adotou um modelo de Vida Consagrada projetada para o trabalho leigo e social. Funda a primeira Congregação feminina de vida ativa no Brasil.

Dedicação
Num regime que ainda vigorava a escravidão, Bárbara não aceita pessoas trabalharem em condição de escravas junto às Irmãs. Todas realizavam os mesmos serviços, com os mesmos direitos, nas devidas situações sociais.
Com perspicaz inteligência, abre novos caminhos, supera obstáculos e posiciona-se com firmeza diante da orfandade.
Bárbara, mulher de fé, discerne a realidade, tomando iniciativas de não mais realizar tarefas quando estas não proporciona o modo de vida exigido pelo Projeto Congregacional. “… não creio que haja autoridade na terra que me possa obrigar a fazer coisa alguma contra minha consciência. Não somos escravas, Senhor Administrador. Somos livres pela misericórdia de Deus.” (B.Maix)
A vida de Bárbara Maix foi duramente marcada pelo sofrimento e dificuldades de toda sorte: econômica, espiritual, vida comunitária e realização da missão.
Faleceu no dia 17 de março de 1873, deixando como herança, às suas Irmãs, o Perdão.

Trabalho Educativo